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N​ã​o Há Regresso

by Trinta & Um

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1.
Levado nas asas da noite Partiu de novo para esse lugar Mais de mil vezes que já lá tinha estado Não há lá nada porque terá voltado Levado, nas asas da noite Ele foi levado, nas asas da noite Largou o corpo deitado no chão Saiu voando pela escuridão Sente-se leve, quando fica vazio. E vai tão alto que se esquece do tempo, O seu fracasso para por um momento Só lá é livre de qualquer julgamento. E de repente alguém ligou o cantante. Jorrando punk do altifalante Sente a vertigem, acorda alucinado E vê de novo que estava pedrado! Salta do chão joga as mãos à cabeça. Corre aos tombos para a porta da rua, Tinha jurado que não voltava ali! Aquela sina não podia ser sua! Sente-se leve, quando fica vazio. E vai tão alto que se esquece do tempo, O seu fracasso para por um momento Só lá é livre de qualquer julgamento. Mas à saída uma troca de olhar Logo lhe diz que vai ter de lá voltar, Não há heróis no mundo da heroína, Mas ele vai ter de tirá-la da esquina Porque ela é sua, embora ande na rua escrava de um vício que também é o seu Porque ele sabe que não pode escapar. Fugir dali e deixá-la ficar. Levado, nas asas da noite Ele foi levado, nas asas da noite Largou o corpo deitado no chão Saiu voando pela escuridão Sente-se leve, quando fica vazio. E vai tão alto que se esquece do tempo, O seu fracasso para por um momento Só lá é livre de qualquer julgamento. Mas à saída uma troca de olhar Logo lhe diz que vai ter de lá voltar, Não há heróis no mundo da heroína, Mas ele vai ter de tirá-la da esquina Porque ela é sua, embora ande na rua escrava de um vício que também é o seu Porque ele sabe que não pode escapar. Porque ela é sua!
2.
Sintra 04:00
As árvores dançam ao som do vento, Os ossos tremem a cada movimento, Ao fundo o foco do farol faz-nos crer, Chegou o fim... chegou o fim do anoitecer. A floresta escureceu, Dão-se passos mais curtos, Aos círculos e escondidos, No meio dos arbustos. A sua força engana o medo Como um simples toque de magia. Nem tudo aqui parece negro É a ilusão de tanta fantasia!
3.
Pela Calada 03:03
De cara tapada sais pela calada Deixas a família a dormir em casa No teu carro novo partes à procura De um puto pobre que te a ponha dura. É pela noite que tiras a caraça De homem de bem com bom nome na praça É pela noite que tu partes à caça Atrás de putos com algemas e mordaça! De dia és um fato exemplar De noite esperas que todos se vão deitar Para te transformares nesse monstro pervertido Porco nojento devias ser abatido E por aí muitos mais há como tu Seres que na sombra sofrem estranhas mutações E que se saceiam provocando sofrimento Se apanhasse um cortava-lhe os colhões Não há perdão para crimes como os teus Que em mim provocam o pior dos sentimentos Se te apanhasse podias gritar por Deus Porque nem Ele ia ouvir os teus lamentos.
4.
Uma auto-estrada, em contra mão Sempre assim foi a minha vida, De olhos postos em algo mais Como um ataque suicida. Eu vou a fundo, eu estou possesso Rumo ao meu alvo, não há regresso, Pelo que quero estou disposto a tudo A ir sozinho de encontra o Mundo. Não há regresso, eu não vou voltar atrás Sei bem do que sou capaz. E é só assim que eu sei viver Pelo caminho que escolhi fazer, Sem dar o braço a torcer E é só assim que eu sei viver, Não vou parar, não vou ceder Eu vou a fundo até morrer.
5.
Coma 85 04:27
Entrou em coma em 85, Deu um chuto de coca com absinto, Desnorteado aterrou no futuro, Depois de anos à deriva no escuro. Ano 2000 o mundo não acabou, Os carros ainda andam pelo chão. Tudo na mesma à primeira vista. Continua a ver sangue na televisão! Dias depois fugiu do hospital Botas da tropa, blusão de cabedal Três serenais no bucho, óculos de sol. De novo pronto para mais Rock 'n' Roll! Cabeça cheia branco como cal, Em busca de acção nas ruas da capital. O homem do futuro acabou de aterrar Vindo do passado, pronto para rockar!
6.
Sempre Igual 02:44
Sais de casa sempre a correr, Como é costume já vais atrasado Nem tempo tens para falar um pouco Com a pessoa que dormiu a teu lado. Vestes a roupa do dia anterior, Metes na boca uma merda qualquer Respiras fundo e sais decidido A suportar mais um dia fodido. É sempre igual, nada de novo é SEMPRE IGUAL. Queimar a vida para sobreviver Todos os dias, todas as horas Todo o meu tempo deitado a perder Todo o teu tempo deitado a perder. Tudo passou... deixaste passar E o que ficou?... nada, nada para contar. E pela noite regressas a casa. Quase sem forças para subir as escadas E um dia destes quando olhares ao espelho. Vais dar de caras, com a cara de um velho Todo o teu tempo passou, Passou e nada ficou para contar, Passou e nunca mais vai voltar Passou!
7.
Deitado numa cama, máquina ligada Mantém mais uma mente, sofrida e acordada Coração mecanizado, olhar paralisado Um corpo inanimado, que escolheu ser desligado. Ele escolheu, ele escolheu... Já sofreu tanto e passa o tempo Seu inimigo, que o destrói a passo lento. Levou a esperança de não ser abandonado Pela família e pelo estado. E é daí que a solução deve aparecer Porque o futuro pode surpreender Compete ao estado fazer algo diferente. Tudo o que ele queria era voltar a viver; Não estar só, nessa escuridão À espera que o venham confortar E que traga a sua salvação Que lhe apague a dor, ou o faça parar! Para ele é uma doença estar vivo. Não percebo como ainda sobrevive. Procura forças para aguentar. Até ao dia em que o Nirvana chegar.
8.
Erguem-se gigantes do chão, Corpos de cimento com pés de alcatrão No meio dos quais de novo aprendes-te a correr, sabes que aqui só é fácil perder. És um mutante e nem dás conta disso, E só não vês porque não queres ver! Por mais que tentes não podes fugir É só aqui que te sabes mover. A cidade é como um vício, para ti! Uma droga sem a qual não podes passar. Precisas de consumo para viver. Precisas do fumo, para respirar! Corres e vives nessa ilusão de que um dia tudo possa mudar Agarrado à farsa de que talvez tu, lhe possas escapar. Sabes que há mentiras em que é preciso acreditar, e que a verdade é que gostas da merda, que te anda a matar. Não vale a pena negares Precisas de consumo para viver. Precisas do fumo, para respirar! Corres e vives nessa ilusão de que um dia tudo possa mudar Agarrado à farsa de que talvez tu, lhe possas escapar. Sabes que há mentiras em que é preciso acreditar, e que a verdade é que gostas da merda, que te anda a matar. Anda a matar. A matar!
9.
Fogo Posto 03:02
Saiu a correr, jamais alguém lhe viu o rosto. O mato ficou a arder, a arder de fogo posto. De fogo posto, fogo posto. E toda a serra se iluminou Como um braseiro, até ao sol nascer, E todo o verde, preto se tornou. Depois de arder, depois de arder. Estamos mais pobres cada dia que passa Estamos mais pobres, o fogo alastra E esta terra, cansada de ser ferida Cada vez mais, cada vez mais vai ficando sem vida. A volta do lume dança a morte anunciada Faz sinais de fumo enquanto ergue a espada Faz sinais de fumo e ninguém vê nada! Nunca só noite, um acto criminoso! Queimou a encosta, deixou tudo morto! Nada restou, de toda a vegetação, Virou carvão! E morreu! De fogo posto, fogo, fogo posto De fogo, fogo posto, ardeu! De fogo posto, fogo, fogo posto De fogo, fogo posto, desapareceu e morreu!
10.
Peguei no fugante, entrei de rompante, Mandei toda a gente para o chão! dirigi-me à caixa, apontei-lho à testa, E dei-lhe o saco para a mão Gritei decidido, bem ao seu ouvido, Não tenho o dia todo para ti! Não te armes em esperto, mete ai o guito Ou fodo-te os cornos já aqui!!! Assaltei o banco, o banco assaltei Fiquei milionário sem roubar ninguém. Saí porta fora, com o saco cheio Saltei para o carro e arranquei Soou o alarme, mas já era tarde. Parti mais rápido do que cheguei! Fiz tudo bem feito, dei o golpe perfeito, Jamais me vão poder agarrar. Mais de um milhão, está na minha mão Sem ter de andar a roubar! Um século de perdão garantido, De que posso estar arrependido! Um século de perdão garantido, Garantido, garantido.
11.
Vencer 02:02
Eu cá vou vencer na vida, Eu vou ser o que eu quiser, Porque sei que à partida Tudo pode acontecer. Tudo pode acontecer, tudo pode acontecer Eu cá vou vencer, eu cá vou vencer na VIDA. Vencer na vida, ser o que eu quiser À partida tudo pode acontecer, No meio desta merda toda Procuro algo para agarrar. Dizem-me que não existe, Mas eu sei que vou achar. Jogo tudo aquilo que tenho, Vejo tantos desistir, Não os tomo por exemplo, eu sei que vou conseguir.

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released January 1, 2002

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Trinta & Um Linda A Velha, Portugal

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