1. |
Viver no Subúrbio
01:18
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Subúrbio, Miséria, Degradação
Piolícia, Violência, Repressão
Droga, Desgraça, Morte
Sobreviver aqui não é por sorte
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2. |
O Cavalo Mata!
01:18
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Uma gringa espetada na veia
Numa escada à chuva, deitado no chão
Foi assim que te encontraram
Morto na rua pela droga irmão
O cavalo roubou-te a vida
E a mim um grande amigo
E não há nada que eu possa fazer
Para voltar a estar contigo
Uma overdose foi o teu fim
Sempre disseste que ia ser assim
Pensava que falavas da boca para fora
Até chegar essa maldita hora
O Cavalo Mata!
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3. |
Racismo Nunca Mais
01:48
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A cor para mim não interessa
É algo que não faz qualquer diferença
Respeito aqueles que me respeitam
Não vou tolerar nenhuma ofensa
Acabem com a descriminação
Cessem fogo ambos os lados
Aceitem-se uns aos outros como são
E descubram que estavam enganados
Afinal mais n eram que mentiras
Incutidas em nós desde pequenos
A cor nada tem a ver
Com o que somos ou podemos fazer
Racismo Nunca Mais!
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4. |
Tourada
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Um animal é solto na arena
A tortura vai ao seu encontro
Do seu meio foi arrancado
O seu destino há muito estava traçado
Terão de pagar um dia
Todo o sofrimento que causaram
Justiça será feita
Muitas salvas de palmas e flores
Para o criminoso
Que sem piedade o massacra
Muito queria eu vê-lo cair
E com uma marrada sucumbir
Tourada, a arte de fazer sofrer
Um crime brutal e sem razão
Como podem tantos ter prazer
Ao ver cair sangue no chão?
Sangue derramado por cobardes
Que querem manter uma tradição
Porca e sem sentido!
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5. |
Porque eu Acredito
03:21
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Quero liberdade
Conseguir um espaço meu
Luto na verdade
Para ser apenas eu
Não me vou curvar
Perante a vossa estupidez
Não posso acreditar
Tenho nojo de vocês
Nunca é tarde para voltar atrás
Tenho força sei que sou capaz
Seguirei o meu caminho
Nem que tenha de morrer sozinho
Por mais que me digam que não vou consseguir
Por mais que me tentem fazer cair
Eu vou em frente!
Tanta coisa já foi dita
E tanta ficou por dizer
É difícil traçar um caminho
E ir até ao fim sem me perder
Acredito naquilo que sinto
Faço aquilo que julgo estar certo
E se for verdadeiro para comigo
Vou chegar um passo mais perto
Tantos tentam fazer com que caia
Olham-me de lado apontam-me o dedo
Luto por algo em que acredito
E por isso dou cara sem medo
Eu não nasci para ser escravo de ninguém!
Falam mal atacam pelas costas
A sua estupidez é uma afronta
No dia em que se pega numa arma
Ou se atira ou não se aponta
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6. |
Mais um Atentado
02:47
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Mais um atentado cometido
Nesta bomba prestes a explodir
O holocausto vai chegar
Tudo à nossa volta vai ruir
Ninguém julgue poder escapar
Ao único crime perfeito da história
Ninguém conte cá ficar
Para poder cantar vitória
Fazer com que não sobre nada
Desta terra já esventrada
Desde que nos levantamos
Essa tem sido a nossa saga
Programado ao longo de milénios
Concebido pelo comum e pelos génios
O engenho foi activado
O nosso destino está traçado
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7. |
Assassínio
01:38
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Quero saber a razão afinal
Quem concebeu este tormento
Um criminoso mata outro igual
Outros aplaudem o sofrimento
Olhar o tecto descer sobre nós
Forçar a saída, partir os dedos
Gritar do fundo - já não importa!
Tentar passar por baixo da porta
Um assassino é assassinado
Mas desta vez ninguém é julgado
Assina um juiz a sua sentença
Quantos terá morto aquela caneta?
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8. |
Contigo Será Diferente
02:38
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Tanta barreira se levanta
Sempre que tento avançar
Foge o tempo, morro por dentro
Não saio do mesmo lugar
Chapada atrás de chapada
Tanto balde de água fria
Começar tudo de novo
Com o nascer de um novo dia
Contigo será difrente
Não terei medo de ir em frente
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9. |
Insubmissão
02:11
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Dependência nunca mais
De nada nem ninguém
Resistência
Insubmissão, independência
Ninguém vai decidir por mim!
Vou agarrar aquilo que é meu
A minha vida
Libertação
Morte aqueles que nos controlam
Ninguém vai decidir por mim
Não vou admitir que me dominem!
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10. |
Devo Ódio ao Mundo
02:20
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Há coisas que vão fundo
Deixam marcas fazem ferida
Os sonhos vão morrendo
Em contacto com a vida
Respostas não existem
Para as perguntas que se fazem
Penso se o futuro
Será mais que uma miragem
Devo ódio ao mundo
E tirando isso ele deve-me tudo
Tudo o que era meu por direito
Uma vida boa num mundo perfeito
O dinheiro fala mais alto
Que a justiça neste mundo
O buraco que cavamos
Dia-a-dia está mais fundo
Luto comigo mesmo
tenho de sobreviver
Sinto-me preso
E nada posso fazer
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11. |
Merda de Polícia
01:57
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Passar uma porta
Perder o direito
De sequer ser alguém
Sentir o medo, a impotência
De estar só perante a lei
Que merda de polícia é esta?
Espancam pessoas sem razão
Dizem fazer cumprir a lei
Mas são os primeiros
Que a desrespeitam
com tanta repressão
Onde está a liberdade?
Quantos foram até hoje
Em nome da ordem torturados,
Quantas cabeças rolaram
Quantos ficaram marcados?
Que merda de polícia é esta?
Direitos humanos, que merda é essa?
Algo sem valor que não interessa
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12. |
Rastos
01:34
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Seguem os rastos deixados
Passos dos seus antepassados
Séculos de tradição
A fazer o que outros já fizeram
Não quero ser apenas mais um
Que por ser novo julgou ser diferente
Iludir-me com o progresso do meu tempo
Ser no fundo igual a toda a gente
Gente que não pensa nem sente
remorsos pela merda que cá fez
E que vai para a cova contente
À espera de outra vida
Para fazer merda outra vez
Já herdaram algo estragado
E nem por isso se acharam prejudicados
Estragam mais, passam o testemunho
E os que vêm seguem o mesmo rumo
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13. |
Timor Só
03:19
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Um povo sofre aos olhos no mundo
Ninguém parece ouvir a sua voz
Lutar para que o libertem
É essa obrigação de todos nós
Matam homens, mulheres e crianças
Perseguem-nos de forma implacável
Pretendem acabar com a sua raça
E estão mais perto cada dia que passa
Querem exterminar a população
Todos os dias prendem e matam
Querem exterminar a população
Todos os dias torturam e massacram
Timor está a morrer a cada dia
Basta de conversa acabem com a hipocrisia
A Indonésia merece ser punida
Depois de ter roubado tanta vida
Enquanto um povo é massacrado
O mundo fecha os olhos e dorme descansado
Todos fingem que nada podem fazer
Pessoas inocentes continuam a morrer
Um povo morre aos olhos do mundo
Sozinho oferece resistência
Ao poder militar de uma nação
Que há muito lhes roubam a independência
Um povo chora sozinho
Mas ninguém lhe estende a mão
defende até ao fim aquilo que é seu
Pede clemência ao mundo que o esqueceu
A Indonésia merece ser punida!!!
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14. |
Será Assim Até ao Fim
02:38
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Orgulho na nossa união
Inseparáveis como os dedos da mão
Será assim até ao fim
Algo que sinto dentro de mim
Aqui essa palavra é verdade
Faz parte da nossa realidade
Contamos uns com os outros
E não somos assim tão poucos
Costas com costas, Punhos fechados
Olhos abertos, dentes cerrados
Conto contigo
Contas comigo
Estaremos lá, para o que for preciso
Não se trata de conveniência
É uma questão de sobrevivência
Crescemos juntos desde pequenos
Uns para os outros muito valemos
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