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O Cavalo Mata!

by Trinta & Um

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1.
Subúrbio, Miséria, Degradação Piolícia, Violência, Repressão Droga, Desgraça, Morte Sobreviver aqui não é por sorte
2.
Uma gringa espetada na veia Numa escada à chuva, deitado no chão Foi assim que te encontraram Morto na rua pela droga irmão O cavalo roubou-te a vida E a mim um grande amigo E não há nada que eu possa fazer Para voltar a estar contigo Uma overdose foi o teu fim Sempre disseste que ia ser assim Pensava que falavas da boca para fora Até chegar essa maldita hora O Cavalo Mata!
3.
A cor para mim não interessa É algo que não faz qualquer diferença Respeito aqueles que me respeitam Não vou tolerar nenhuma ofensa Acabem com a descriminação Cessem fogo ambos os lados Aceitem-se uns aos outros como são E descubram que estavam enganados Afinal mais n eram que mentiras Incutidas em nós desde pequenos A cor nada tem a ver Com o que somos ou podemos fazer Racismo Nunca Mais!
4.
Tourada 01:16
Um animal é solto na arena A tortura vai ao seu encontro Do seu meio foi arrancado O seu destino há muito estava traçado Terão de pagar um dia Todo o sofrimento que causaram Justiça será feita Muitas salvas de palmas e flores Para o criminoso Que sem piedade o massacra Muito queria eu vê-lo cair E com uma marrada sucumbir Tourada, a arte de fazer sofrer Um crime brutal e sem razão Como podem tantos ter prazer Ao ver cair sangue no chão? Sangue derramado por cobardes Que querem manter uma tradição Porca e sem sentido!
5.
Quero liberdade Conseguir um espaço meu Luto na verdade Para ser apenas eu Não me vou curvar Perante a vossa estupidez Não posso acreditar Tenho nojo de vocês Nunca é tarde para voltar atrás Tenho força sei que sou capaz Seguirei o meu caminho Nem que tenha de morrer sozinho Por mais que me digam que não vou consseguir Por mais que me tentem fazer cair Eu vou em frente! Tanta coisa já foi dita E tanta ficou por dizer É difícil traçar um caminho E ir até ao fim sem me perder Acredito naquilo que sinto Faço aquilo que julgo estar certo E se for verdadeiro para comigo Vou chegar um passo mais perto Tantos tentam fazer com que caia Olham-me de lado apontam-me o dedo Luto por algo em que acredito E por isso dou cara sem medo Eu não nasci para ser escravo de ninguém! Falam mal atacam pelas costas A sua estupidez é uma afronta No dia em que se pega numa arma Ou se atira ou não se aponta
6.
Mais um atentado cometido Nesta bomba prestes a explodir O holocausto vai chegar Tudo à nossa volta vai ruir Ninguém julgue poder escapar Ao único crime perfeito da história Ninguém conte cá ficar Para poder cantar vitória Fazer com que não sobre nada Desta terra já esventrada Desde que nos levantamos Essa tem sido a nossa saga Programado ao longo de milénios Concebido pelo comum e pelos génios O engenho foi activado O nosso destino está traçado
7.
Assassínio 01:38
Quero saber a razão afinal Quem concebeu este tormento Um criminoso mata outro igual Outros aplaudem o sofrimento Olhar o tecto descer sobre nós Forçar a saída, partir os dedos Gritar do fundo - já não importa! Tentar passar por baixo da porta Um assassino é assassinado Mas desta vez ninguém é julgado Assina um juiz a sua sentença Quantos terá morto aquela caneta?
8.
Tanta barreira se levanta Sempre que tento avançar Foge o tempo, morro por dentro Não saio do mesmo lugar Chapada atrás de chapada Tanto balde de água fria Começar tudo de novo Com o nascer de um novo dia Contigo será difrente Não terei medo de ir em frente
9.
Insubmissão 02:11
Dependência nunca mais De nada nem ninguém Resistência Insubmissão, independência Ninguém vai decidir por mim! Vou agarrar aquilo que é meu A minha vida Libertação Morte aqueles que nos controlam Ninguém vai decidir por mim Não vou admitir que me dominem!
10.
Há coisas que vão fundo Deixam marcas fazem ferida Os sonhos vão morrendo Em contacto com a vida Respostas não existem Para as perguntas que se fazem Penso se o futuro Será mais que uma miragem Devo ódio ao mundo E tirando isso ele deve-me tudo Tudo o que era meu por direito Uma vida boa num mundo perfeito O dinheiro fala mais alto Que a justiça neste mundo O buraco que cavamos Dia-a-dia está mais fundo Luto comigo mesmo tenho de sobreviver Sinto-me preso E nada posso fazer
11.
Passar uma porta Perder o direito De sequer ser alguém Sentir o medo, a impotência De estar só perante a lei Que merda de polícia é esta? Espancam pessoas sem razão Dizem fazer cumprir a lei Mas são os primeiros Que a desrespeitam com tanta repressão Onde está a liberdade? Quantos foram até hoje Em nome da ordem torturados, Quantas cabeças rolaram Quantos ficaram marcados? Que merda de polícia é esta? Direitos humanos, que merda é essa? Algo sem valor que não interessa
12.
Rastos 01:34
Seguem os rastos deixados Passos dos seus antepassados Séculos de tradição A fazer o que outros já fizeram Não quero ser apenas mais um Que por ser novo julgou ser diferente Iludir-me com o progresso do meu tempo Ser no fundo igual a toda a gente Gente que não pensa nem sente remorsos pela merda que cá fez E que vai para a cova contente À espera de outra vida Para fazer merda outra vez Já herdaram algo estragado E nem por isso se acharam prejudicados Estragam mais, passam o testemunho E os que vêm seguem o mesmo rumo
13.
Timor Só 03:19
Um povo sofre aos olhos no mundo Ninguém parece ouvir a sua voz Lutar para que o libertem É essa obrigação de todos nós Matam homens, mulheres e crianças Perseguem-nos de forma implacável Pretendem acabar com a sua raça E estão mais perto cada dia que passa Querem exterminar a população Todos os dias prendem e matam Querem exterminar a população Todos os dias torturam e massacram Timor está a morrer a cada dia Basta de conversa acabem com a hipocrisia A Indonésia merece ser punida Depois de ter roubado tanta vida Enquanto um povo é massacrado O mundo fecha os olhos e dorme descansado Todos fingem que nada podem fazer Pessoas inocentes continuam a morrer Um povo morre aos olhos do mundo Sozinho oferece resistência Ao poder militar de uma nação Que há muito lhes roubam a independência Um povo chora sozinho Mas ninguém lhe estende a mão defende até ao fim aquilo que é seu Pede clemência ao mundo que o esqueceu A Indonésia merece ser punida!!!
14.
Orgulho na nossa união Inseparáveis como os dedos da mão Será assim até ao fim Algo que sinto dentro de mim Aqui essa palavra é verdade Faz parte da nossa realidade Contamos uns com os outros E não somos assim tão poucos Costas com costas, Punhos fechados Olhos abertos, dentes cerrados Conto contigo Contas comigo Estaremos lá, para o que for preciso Não se trata de conveniência É uma questão de sobrevivência Crescemos juntos desde pequenos Uns para os outros muito valemos

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released January 1, 1999

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Trinta & Um Linda A Velha, Portugal

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