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Terceiro Assalto

by Trinta & Um

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1.
Mercenários contratados Por dinheiro sujo de homens que sabem culpados Pouco lhes importa afinal a justiça Só a carreira importa na sua mente egoísta Servem-se de todos os meios Jogam com a vida de terceiros Como cobras venenosas vão contornando a lei Num sistema que conhecem melhor do que ninguém Metem os criminosos de novo na rua Brincam com a minha vida Mandam inocentes para a cana Com as suas mentiras Advogado do diabo Perigoso servo do poder Quem mais tem sempre se safa Outro qualquer se há-de foder! Mete nojo a qualquer um Ver tanta mentira junta A justiça é uma farsa E a verdade não chega nunca
2.
Caem os anjos do céu de asas queimadas pela civilização Morrem os deuses do mar intoxicados com a poluição Chora a terra nossa mãe enquanto é esventrada até à exaustão E um dia o fogo virá para acabar de vez com tanta violação! Homem de barro, os teus olhos mostram-te pouco Génio macabro, o desejo de poder deu contigo em louco Homem pequeno, vê o que fazes ao mundo e aos teus A morte virá, para te levar a responder na presença de Deus. Abrem-se buracos no céu para que os raios do sol te venham queimar Derrete-se o gelo dos pólos para que o chão que pisas se possa afundar As nuvens bebem o teu veneno e oferecem-te em troca chuva corrosiva Andas a brincar com o fogo e vais acabar por pagar com a vida O fogo virá das fendas do firmamento! O fogo virá e de nada servirá todo o teu armamento!
3.
Acordar mais uma vez de boca seca Com uma ameaça de bomba na cabeça Num quarto escuro com cheiro a bafio Ouvindo os barcos passarem no rio Quilhas de ferro cortando a corrente Deixando uma esteira de espuma salgada Chegam e partem constantemente Quebrando o silêncio desta madrugada Sentado na cama, cigarro na mão Testo a sanidade do rasto do borrão E o fumo que entra não enche o vazio E o tremor do medo funde-se ao do frio Talvez amanhã tu possas voltar Repito para mim em busca de calma Talvez amanhã tu possas matar O nada que me enche e atravessa a alma Cigarro derrubado, cigarro apagado Preciso de um cigarro Fodi o isqueiro e perdi o maço E agora o que é que eu faço? Há fantasmas na sala Há fantasmas no quarto Há fantasmas por todo o lado E agora o que é que eu faço?
4.
Aqui vou eu de novo à procura, de palavras que me satisfaçam Hoje não tenho ódio para dar, é de coisas boas que vos quero falar Nem tudo tem de ser sempre tão preto, não vale a pena torturar-me mais Hoje não tenho ódio para dar, nem tenho vontade de o ir procurar Quero falar do que tenho escondido Este tempo todo não sei bem porquê Das coisas perfeitas que há no mundo E do prazer que dão quando alguém as vê E há tanta coisa boa se fores capaz de ver Para lá desta loucura que nos obriga a correr E há tanta tanta coisa que nunca imaginamos Para lá desta loucura, eu quero ir à procura Eu quero ir anda comigo, viver a vida que nos tem fugido! Nesta teia de condicionamentos, que tenta matar os nossos sentimentos Procura uma falha que nos deixe escapar Eu sei que ela existe em qualquer lugar Homens que se atropelam Que se mata, que se esfolam Que se esmagam na ganância De trepar até ao topo Homens que se enganam Que se iludem, que se perdem Que se esquecem e que trocam esta vida por tão pouco!
5.
Deixa-te cair para dentro de ti Parte e vai sem medo o mais fundo que possas Tenta descobrir onde ficou perdida A chave que é capaz de abrir todas as portas Esquece as coisas que usas para te entreter Pára de jogar o jogo do querer parecer Vai sem contornar buracos e medos Vai desarrumar todas as tuas certezas Esse que inventaste serve bem parar os outros Mas se olhares bem talvez nem o conheças E a chave que procuras para te poderes libertar Espero só que estejas pronto para te poder achar E o que os outros pensam não é importante Quando comparado com aquilo que se sente As normas e regras são uma invenção Com a qual nos castramos de forma permanente Esquece as coisas que usas Pára de jogar o jogo Porque se o fizeres Talvez o vás achar
6.
São perigosos estes tempos que correm Vazios de ideias ou novas soluções Por isso a maioria acaba por aceitar Ser isto o melhor que se pode arranjar Estes são tempos perigosos... Nos não somos o tempo que vendemos E muito menos o dinheiro que temos Embora nos queiram fazer acreditar Ser por isso que os outros nos vão respeitar Estes são tempos perigosos! E há fantasmas que espreitam em cada fracasso Esperando que a crise lhes volte a dar vida Novos salvadores de soluções já gastas Sedentos de poder e de ideias nefastas Pelas artérias da cidade O sangue corre envenenado E a avenida da Liberdade Leva a um ditador de leão ao lado Assim como ontem, assim amanhã... As coisas sempre se repetem E é esse vazio que nos traz o perigo Faltam ideias para nos dar abrigo! E o inimigo quem sabe quem é? Está bem camuflado entre os democratas É a favor desta liberdade Que nos engasga e nos ata as patas
7.
Quando cai a noite e os outros vão dormir Carregar o corpo para o dia que há-de vir Há quem se levante e saia para procurar Tudo o que o dia nunca nos vai poder dar Há portas que se abrem para o mundo de pecado Mil e uma maneiras de passar um bom bocado Há sempre quem queira gastar alguma saliva Seja em meros desabafos seja de forma lasciva E o jogo não tem regras cada qual que faça as suas É mistura explosiva que anda à solta pelas ruas! Esquemas e cumplicidades segredos guardados a 7 chaves Viagens alucinantes por entre luzes de cor berrante Numa atmosfera de excessos que lá nunca são demais A noite sempre é capaz de nos fazer esquecer a condição de mortais Por entre o perigo constante fundem-se sons dissonantes Fazendo mover os corpos da multidão contrastante Avança até de manhã vertiginosamente Até que a exaustão te ponha o corpo dormente Há que saber sair e entrar O carrossel não pode parar! Anda depressa, depressa demais Toma cuidado para ver se não cais!
8.
Filhos do divórcio Criados em famílias onde o amor virou ódio Objectos de disputa Utilizados para manter acesa a luta Armas de arremeço Sempre são eles que acabam por pagar o preço Entre o fogo cruzado Postos na posição de ter de escolher um lado Danos colaterais Vítimas de batalhas legais Não dá para entender Será que eles não vêem o que lhes estão a fazer? Pressão demais Na maior parte dos casos em idades cruciais Sempre há que acaba perdido Apanhado por engano no meio do fogo amigo Carregando o peso de tanta carência Têm de aguentar a família em decadência Guardando para si A vergonha que têm do que disse até aqui
9.
Eu sou o sangue que te corre no corpo A fervilhar num desejo perigoso Sou esse sonho que sabe os teus segredos Venho pela noite na ponta dos teus dedos Sou eu que vês quando fechas os olhos Para utilizar o corpo de alguém Sou esse vazio que tentas preencher A peça que te falta para voltares a viver Quantos erros cometidos Quantas feridas mal saradas Tantas promessas e juras quebradas O tempo passa e por nós passou O tempo passa e o nós acabou Foi em ti que projectei o meu melhor Foi em ti que descobri esse meu lado E agora também eu sou prisioneiro Desse amor que ficou mal acabado E embora ambos tentemos simular Que estamos bem e não saimos a perder O que tivemos não se pode ultrapassar E é pela certa impossível de esquecer E as pequenas coisas hoje já sem importância Foram capazes de nos derrubar e eu sei que tu querias tanto como eu Voltar atrás para as poder emendar
10.
Vai pela rua tão suja e escura Vai pela rua vai à procura Desse futuro que era teu Desse futuro que nunca apareceu Sobre a cidade adormecida Pairam no ar as falhas da vida Voas de novo, sais do buraco Embora gasto, embora fraco Chama por ti no céu cinzento Um resto de orgulho veio com o vento Trazendo de novo um pouco de força Até o coração te salta pela boca! Faz tanto tempo que foste apanhado Nesse labirinto que insiste em apertar Cada dia que passa vais sendo esmagado e um dia tudo estará acabado. O sistema encurralou-te. Para roubar tudo aquilo que era teu Foi-te derrotando com a ajuda do tempo Numa luta desigual consumindo por dentro O que tu querias ser, o que tu ias fazer... Foste por caminho incerto Agora estás perdido às voltas no deserto Rodeado de ossadas de outros como tu Mortos sem glória pelas raios do Sol Esfomeados com sede depois de tanta luta Num mundo feito por filhos da puta!!! Embora fraco segues em frente Tenta acreditar que te espera algo diferente Dentro de ti sempre reacende Este fogo te diz - Um homem não se rende! Luta até à morte se tens ideais Luta até à morte por um pouco mais Não te vendas, não te rendas, não te entregues jamais!

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released January 1, 2004

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Trinta & Um Linda A Velha, Portugal

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